segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ficavam dizendo que o cabelo dele tinha cor de bosta. Cantarolavam musiquetas insultantes. Principalmente quando todos do bairro iam vender amendoins torrados, frutas e pássaros silvestres em caixinhas. Ele não temia comentários torpes, que traziam os colegas diariamente. Cresciam assim, ora em estações quentíssimas, ora em frio de congelar pingüim que mesmo arrepiados, andavam unidos barulhentos e sem camisas (isso é que era realmente complicado).

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